Mesmo depois de reduzir o número de agências de RP e comunicação, a corporação Facebook Inc., que reúne uma série de ativos como as redes sociais Facebook e Instagram e o app de mensagem Whatsapp, ainda mantém 100 agências de RP e fornecedores de serviços de comunicação em todo o mundo, de acordo com publicação especializada PR Week (leia o artigo na íntegra aqui).
O início do processo de enxugamento – chamado de “top-down review” – ocorreu após a publicação de uma série de reportagens do jornal The New York Times. A primeira delas indicava que o Facebook havia interferido nas eleições americanas e que compartilhava dados com fornecedores; em seguida, revelou que a agência Definers Public Affairs havia sido contratada pela Facebook Inc. para investigar as atividades do bilionário americano George Soros, em uma ação conhecida como “dark art”, condenada por vários profissionais de relações públicas.
O profissional Nick Clegg, ex-primeiro ministro adjunto do Reino Unido, contratado em outubro antes da crise como VP de relações governamentais e comunicação, é quem está liderando este novo processo (ou “enxugamento”), ao lado de Matt Steinfeld, diretor de políticas de comunicação da companhia.
Em uma revisão inicial, o Facebook Inc. declarou não ter encontrado nenhuma prática inconveniente (“untoward”) ou ilegal no trabalho desenvolvido pelas dezenas de agências que não mais prestam serviços à corporação, mas não quis informar os nomes das dispensadas no processo. Nos EUA, o Facebook Inc. trabalha com as agências OutCast Agency, Edelman e Brunswick Group. No Brasil, quem os atende é a Ideal H+K Strategies.
Segundo a PR Week, o Facebook tem um histórico de tentativas de manchar a imagem de competidores nos EUA. Em 2011 contratou a Burson-Marsteller para estimular o jornal USA Today e outras publicações para abordar as políticas de privacidade do Google, citando fonte do jornal inglês The Guardian.
Este artigo foi postado originalmente no Jornal 140.
