Golpe da Transportadora: o que é, como funciona e como proteger seu e-commerce

Golpe da Transportadora: o que é, como funciona e como proteger seu e-commerce

Nos últimos meses, o chamado “golpe da transportadora” tem ganhado espaço no Brasil e preocupado tanto consumidores quanto lojistas de e-commerce. O esquema é sofisticado porque utiliza dados reais de clientes — como nome, endereço e código de rastreamento — para dar credibilidade às mensagens falsas enviadas por WhatsApp.

Transportadoras conhecidas como Loggi, Total Express, Jadlog e até os Correios já foram citadas em denúncias recentes. O resultado é um risco direto para consumidores e uma ameaça à reputação das lojas virtuais.

Na ZionLab, que atua com WordPress & WooCommerce em e-commerces de todo o país, acompanhamos de perto esses casos para orientar nossos clientes. Este artigo reúne informações atualizadas, fontes confiáveis e recomendações práticas para manter seu negócio protegido.

Como funciona o golpe da transportadora

O golpe segue uma lógica simples, mas muito convincente:

  1. O cliente realiza uma compra online normalmente.
  2. Pouco tempo depois, recebe uma mensagem no WhatsApp, supostamente da transportadora responsável pela entrega.
  3. A mensagem apresenta dados reais da encomenda: nome, endereço e até o código de rastreamento.
  4. O contato alega que houve um problema na entrega (taxa alfandegária, endereço incorreto ou pendência administrativa).
  5. É enviado um link falso ou chave Pix para pagamento imediato da “taxa”.
  6. Caso a vítima pague, o valor vai direto para golpistas, sem qualquer vínculo com a transportadora ou loja.

Esse formato tem assustado consumidores, já que não se trata de mensagens genéricas, mas de comunicações personalizadas com dados reais, oriundos de vazamentos ou falhas de segurança.

Transportadoras mais citadas nos golpes recentes

Loggi: Em agosto de 2025, a Loggi foi alvo de criminosos que usaram dados reais de rastreamento para aplicar golpes no WhatsApp. Em alguns casos, o contato fraudulento chegava quase ao mesmo tempo em que a atualização oficial da entrega aparecia no site da empresa.

Total Express: No final de julho, a CNN Brasil e o portal UOL Tilt noticiaram golpes em que criminosos se passavam pela Total Express, responsável por parte das entregas da Amazon. As mensagens, enviadas de números até mesmo com selo verificado no WhatsApp, exigiam o pagamento de uma suposta taxa via Pix.

Jadlog: Em abril, o portal E-commerce Brasil alertou para fraudes envolvendo a Jadlog, incluindo e-mails falsos, páginas clonadas e até vagas de emprego fraudulentas em nome da empresa.

Skypostal: O site Davi relatou, em agosto de 2025, que golpistas estavam se passando pela Skypostal para cobrar taxas fictícias via WhatsApp, também usando dados reais das vítimas.

Correios: Além de serem alvo de mensagens fraudulentas, os Correios confirmaram recentemente um vazamento de dados de clientes, incluindo CPF, telefone e endereço. Essas informações podem estar alimentando novos golpes.

Vazamentos de dados e o elo com os golpes

A sofisticação desses golpes só é possível porque dados pessoais acabam expostos em incidentes de segurança digital.

  • Em julho de 2025, os Correios admitiram vazamento de informações de usuários.
  • No mesmo período, um relatório internacional apontou que bilhões de senhas vinculadas a Google, Apple e Meta foram expostas em fóruns clandestinos.

Esses eventos mostram como criminosos cruzam informações para dar veracidade a mensagens falsas.Como identificar o golpe

  • Mensagens no WhatsApp pedindo pagamento extra por Pix ou link.
  • Uso de dados reais do cliente para dar credibilidade.
  • Perfis com selo verificado que não pertencem à empresa legítima.
  • Páginas clonadas que imitam o site da transportadora.

Como proteger seu e-commerce e orientar seus clientes

Para lojistas

  • Comunique-se com clareza: informe em seu site e e-mails que sua loja não cobra taxas extras por WhatsApp.
  • Eduque seu cliente: inclua avisos nos e-mails de confirmação e acompanhamento de pedidos.
  • Audite seus parceiros: verifique se transportadoras terceirizadas seguem boas práticas de segurança digital.
  • Treine seu suporte: equipe de atendimento deve estar preparada para orientar clientes que receberem mensagens suspeitas.

Para consumidores

  • Consulte sempre o rastreamento pelo site oficial da loja ou da transportadora.
  • Nunca clique em links recebidos por WhatsApp.
  • Desconfie de contatos que pedem pagamentos extras fora do processo de checkout.
  • Em caso de suspeita, entre em contato diretamente com a loja.

O golpe da transportadora é um dos maiores desafios recentes para a confiança no e-commerce brasileiro. Ao utilizar dados reais de clientes, os criminosos aumentam sua capacidade de persuasão e colocam em risco consumidores e lojistas. A resposta deve ser conjunta: educar clientes, reforçar canais oficiais e adotar medidas preventivas de segurança digital.

Na ZionLab, acompanhamos de perto o cenário de fraudes digitais e ajudamos empresas a fortalecerem sua presença online com segurança, autonomia e performance.  Se você deseja proteger seu e-commerce contra fraudes e oferecer mais confiança aos seus clientes, fale conosco.

Fontes

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