Nos últimos meses, influenciadores do marketing digital vêm espalhando uma narrativa alarmista: a de que o e-commerce tradicional estaria com os dias contados. O argumento? Que a inteligência artificial — especialmente nas mãos do Google — passará a comprar automaticamente pelos consumidores, diretamente dos marketplaces. Segundo essa tese, o usuário não precisaria mais escolher, comparar ou acessar uma loja virtual. A IA faria tudo sozinha. E, com isso, manter um e-commerce próprio seria algo ultrapassado.
Essa narrativa assusta, viraliza e vende cursos, mas não se sustenta diante da realidade. Ela ignora os dados, os modelos de negócio das big techs e, principalmente, o comportamento real de consumo. Neste artigo, desmascaramos esse mito, revelamos o que de fato está mudando e explicamos por que o e-commerce está longe de acabar — ele está apenas evoluindo.
A farsa da automação total
É fato que o Google investe fortemente em inteligência artificial. Ferramentas de recomendação, comparação de preços e automação da jornada de compra estão em desenvolvimento. Mas afirmar que o Google comprará sozinho pelos usuários, eliminando o processo de escolha consciente, é uma simplificação perigosa e tecnicamente incorreta.
O consumidor moderno busca conveniência, sim — mas também valoriza controle, identidade, confiança e pertencimento. A jornada de compra não é apenas lógica; ela é emocional, simbólica e relacional. E isso a IA ainda não substitui.
E há uma pergunta que desmonta a tese do “fim do e-commerce”: o Google abriria mão de bilhões de dólares em receitas geradas por lojas virtuais?
O Google (e as redes sociais) não vão matar seus maiores clientes
Segundo dados da própria Alphabet, em 2024 o Google Ads representou mais de 76% de toda a receita da empresa, gerando mais de US$ 273 bilhões globalmente. Plataformas como Instagram, Facebook, TikTok e YouTube também dependem quase exclusivamente da publicidade — que vem, em grande parte, de empresas que vendem online.
Milhares de e-commerces anunciam diariamente nesses canais para ranquear seus produtos, gerar tráfego e converter vendas. Esse ecossistema de mídia digital é sustentado pelas próprias lojas virtuais.
Sugerir que Google ou redes sociais eliminariam seus maiores anunciantes é negar o modelo de negócios das big techs. Elas não querem matar os e-commerces. Elas querem que eles vendam mais, anunciem mais e dependam cada vez mais de suas plataformas. A IA, nesse contexto, não é uma ameaça ao e-commerce — é uma ferramenta que favorece quem está preparado.
Marketplaces e loja própria: aliados, não concorrentes
Apesar do crescimento das vendas em marketplaces como Mercado Livre, Amazon e Shopee, ainda existe uma visão equivocada de que eles substituiriam as lojas virtuais. Mas a verdade é outra: os marketplaces e o e-commerce próprio devem caminhar juntos, de forma estratégica e complementar. Marketplaces oferecem benefícios valiosos:
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Visibilidade imediata
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Credibilidade herdada da plataforma
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Logística estruturada
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Alcance massivo com menor barreira de entrada
Porém, para marcas que desejam escalar com mais controle e rentabilidade, o e-commerce próprio entra como pilar fundamental da independência digital. Ter um canal direto permite controlar a experiência do cliente, personalizar ofertas, trabalhar branding e fidelização — algo que o marketplace, por sua natureza padronizada, não oferece com a mesma profundidade.
Em vez de escolher entre um ou outro, o caminho mais inteligente é integrar ambos. O marketplace funciona como uma vitrine de alto tráfego, enquanto o e-commerce próprio é o espaço da marca, onde se constrói relacionamento, margem e lealdade.
O e-commerce próprio nunca foi tão estratégico
Em 2025, ter um e-commerce não é um diferencial — é o básico. É onde a marca controla a narrativa, os dados e a margem de lucro.
Uma loja virtual bem estruturada permite:
- Construir autoridade e diferenciação
- Trabalhar SEO, conteúdo e funis de venda com autonomia
- Integrar CRM, ERP, meios de pagamento e logística
- Criar um relacionamento direto e recorrente com o cliente
- Elevar margens e escalar com inteligência
Enquanto os marketplaces funcionam como shoppings alugados, o e-commerce próprio é o terreno da sua marca. É onde você constrói patrimônio digital, longe das regras de terceiros.
A IA exige profissionalismo — não abandono
O que está morrendo não é o e-commerce. É o improviso.
A inteligência artificial está profissionalizando o mercado. Ela elimina operações genéricas, sem estratégia, baseadas apenas em dropshipping ou produtos sem diferencial. Mas fortalece operações com identidade, conteúdo de valor, dados estruturados e atendimento de excelência.
Ela não elimina o branding. Ela amplifica o poder das marcas. Não destrói a jornada de compra. Ela exige que ela seja melhor, mais integrada e transparente.
Quem trabalha com performance real, visão de longo prazo e inteligência de dados vai crescer ainda mais. Quem depende de atalhos, promessas vazias e hype, vai quebrar — e culpar a IA.
O e-commerce está mais vivo do que nunca
Já disseram que o SEO ia morrer. Que os sites iriam acabar. Que os apps substituiriam tudo. Agora, a moda é prever o fim do e-commerce. Mas a realidade é mais complexa e menos sensacionalista.
O e-commerce está mais competitivo, automatizado e exigente. Mas também está mais lucrativo, escalável e indispensável. Ele não acabou. Ele apenas amadureceu.
O futuro pertence a quem constrói no presente com consistência e inteligência.
Fortaleça sua operação com quem constrói e-commerces de verdade
Na ZionLab, somos especialistas em lojas virtuais. Atuamos com desenvolvimento, implantação, performance, integração com marketplaces, ERPs e CRMs, automação com IA, SEO técnico e estratégias de crescimento sustentável. Ajudamos sua marca a sair da dependência, conquistar relevância e escalar com estrutura e inteligência. Se você quer um e-commerce preparado para o futuro, fale com a gente.
FAQ — Perguntas frequentes sobre e-commerce
O e-commerce vai realmente acabar?
Não. O e-commerce está passando por uma transformação natural, impulsionada por tecnologia, inteligência de dados e comportamento do consumidor. O que está desaparecendo é o improviso: operações sem marca, sem posicionamento claro e sem estrutura. O mercado está mais exigente, mas também mais promissor para quem trabalha com inteligência.
O Google vai comprar automaticamente para o usuário?
Não. A inteligência artificial do Google atua como assistente de recomendação, facilitando comparações e destacando opções. Mas a decisão final continua com o consumidor. Além disso, o Google depende diretamente da receita gerada por campanhas patrocinadas de e-commerces — não faz sentido eliminar seus maiores anunciantes.
Os marketplaces vão substituir as lojas virtuais?
Não. Os marketplaces são aliados importantes, principalmente para ganho de escala, visibilidade e logística. Mas não substituem o canal próprio. O e-commerce direto é essencial para construir marca, ter controle sobre a experiência do cliente e garantir margens mais saudáveis. O ideal é usar os dois de forma integrada e complementar.
Ter uma loja virtual ainda vale a pena?
Mais do que nunca. A loja própria permite criar relacionamento direto com o cliente, fidelizar, trabalhar branding e construir um ativo digital que é da marca — não da plataforma. É a base para crescimento com autonomia, diferenciação e inteligência de dados.
Como preparar minha operação para esse novo cenário?
Com uma estrutura profissional e integrada: loja virtual sólida, conteúdo estratégico, SEO técnico, funis bem definidos, automações inteligentes, CRM, ERP, gestão de dados e uma visão clara de posicionamento. O futuro exige consistência — não atalhos.
